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2015
BRASIL – Com traição ao Governo, PDT perderá Ministério do Trabalho
O PDT pode ser o primeiro alvo da votação do ajuste fiscal do Governo Federal. Integrante da base de apoio ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional e dono do Ministério do Trabalho, os pedetistas contrariaram a orientação do Governo Dilma.
O líder da bancada do PDT na Câmara Federal, André Figueiredo, que controla indicações de cargos do Ministério do Trabalho no Ceará, foi o porta voz do recado para o Planalto: para ficar ao lado dos trabalhadores, o PDT vota contra o ajuste fiscal.
Os pedetistas falaram grosso, mas o discurso tem consequência: os aliados da presidente Dilma Rousseff, que enfrentam o desgaste para aprovar a primeira etapa do ajuste fiscal, que amplia de seis para 12 meses o tempo de carteira assinada para o trabalhador solicita, pela primeira vez, o seguro desemprego, querem o PDT fora do Governo Federal.
O líder do Governo na Câmara Federal, José Guimarães, tem um tom moderado, mas cobra aos aliados fidelidade. “Não me cabe dizer qual é o futuro da bancada do PDT. Me cabe dizer o seguinte: base é base, tem que ser base de manhã, de tarde e de noite”, afirmou Guimarães que, como líder do Governo, conseguiu atrair deputados do PSB e de outras siglas para apoiarem o ajuste fiscal.
Guimarães resume, em poucas palavras, o que os aliados querem: a cabeça do Ministro do Trabalho, Manoel Dias, indicado pelo PDT. Na avaliação de aliados e ministros, a posição do ministro ficou insustentável depois que todos os 19 deputados do partido presentes à votação de quarta traíram a presidente e votaram contra o texto básico da medida provisória 665, que restringe o acesso a benefícios trabalhistas.
A insatisfação foi transmitida pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB) a Dilma, que ficou de avaliar a questão nos próximos dias. A expectativa no Palácio do Planalto é que a presidente opte pela demissão de Manoel Dias para usar o caso como exemplo. O PDT quer o comando do Ministério do Trabalho.
(Via Ceará Agora)