A reaproximação, após 52 anos, de EUA e Cuba já é uma promessa antiga de Barack Obama. E uma demanda de muitos países há décadas. No entanto, conforme uma autoridade da Casa Branca e o próprio líder cubano, Raúl Castro, revelaram, nesta quarta-feira (17), ela só ocorreu devido à interferência do papa Francisco no processo.
Gostaria de reconhecer e agradecer, neste discurso, o papel do Vaticano e, especialmente, do papa Francisco nesta aproximação”, disse Castro, citando a necessidade de o os obstáculos aos cubanos caírem para o bem dos dois países americanos. “Agradeço também o papel do Canadá neste processo.”
Conhecido pelos cubanos como “el bloqueo” (o bloqueio), o embargo norte-americano a Cuba foi uma medida adotada pelos EUA no auge da Guerra Fria que interditou totalmente a relação econômica, financeira e comercial entre os dois países, separados por uma fronteira marítima de apenas 535 km. A medida foi imposta no início dos anos 1960, depois do revolucionário e então recém-empossado líder cubano, Fidel Castro, iniciar uma aproximação com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), representada pela Rússia.
Após uma restrição inicial para a importação de açúcar cubano ao território norte-americano, instituída pelo então presidente dos EUA Dwight Eisenhower em 1960, John F. Kennedy ampliou as restrições para o grau máximo dois anos depois, suspendendo relações de nações anteriormente tão próximas – antes da Revolução Cubana que removeu a ditadura de Fulgencio Batista do poder, Cuba era conhecido como um “quintal dos EUA”, onde empresários exploravam seus recursos e as elites passavam temporadas gastando dólares em seus cassinos e hotéis de luxo.
Fonte: IG.