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2014
CEARÁ – Entrevista no CETV – Eunício Oliveira diz que vai continuar obra do “Acquário”.
TV Verdes Mares faz segunda rodada de entrevistas com os candidatos. O CETV 1ª Edição começou nesta segunda-feira (15) a segunda rodada de entrevistas. O primeiro entrevistado foi o ex-senador Eunício Oliveira (PMDB). Nesta terça-feira (16) foi entrevistada a candidata Eliane Novais e, nesta quarta (17), será a vez do candidato Camilo Santana (PT).
Veja abaixo a íntegra da entrevista de Eunício Oliveira:
Luís Esteves: boa-tarde candidato. Entre as propostas que o senhor tem apresentado, uma é o Vida Melhor, que promete um benefício de R$ 77,00 por ano para cada família cadastrada no Bolsa Família. Essa não é uma das propostas só para buscar voto do eleitor mais pobre?
Eunício Oliveira: não. Porque ao fazer a proposta nós avaliamos antes. Fomos verificar onde estavam os recursos e há um Fundo de Combate à Pobreza no Ceará que foi desvirtuado nos últimos anos. Este Fundo de Combate à Pobreza tem em média R$ 600 milhões por ano para combate à pobreza. Essas pessoas que recebem R$ 77,00 do Bolsa Família, elas estão abaixo da linha da pobreza. No Ceará, temos mais de 1 milhão e 100 mil famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. Então esse recurso foi criado e deve ser destinados ao combate à pobreza. E se essas pessoas estão abaixo da linha da pobreza o Fecop tem os recursos. O valor não é um valor além daquilo que está planejado. o valor dessa conta que está dentro do planejamento e os recursos estão garantidos. Jamais faria uma proposta que não tivesse analisado antes quais seriam os resultados na prática. É uma promessa para ser cumprida e os recursos estão garantidos no Fundo de Combate à Pobreza que, repito, foi divirtuado nos últimos anos.
Caroline Ribeiro: agora, candidato, sobre o Vida Melhor. Serão R$ 77,00 por ano por família? O senhor acredita que vai mudar o quê na vida delas?
Eunício Oliveira: olha só, quem recebe R$ 77,00 sabe o que significam esses R$ 77,00 por mês.
Luis Esteves: por ano, não?
Eunício Oliveira: não por ano. No mês. Porque vai ser em um único mês, no mês de dezembro. Todos os trabalhadores brasileiros recebem no final do ano um 13º Salário. Todos recebem. Quem recebe Bolsa Família não tem esse direito no final do ano. Então se existe um fundo que se destina especificamente a ajudar essas pessoas não tem porque não utilizar esse fundo para que no final do ano, no período natalino, as pessoas tenham condições de ter um prato de comida melhor na mesa, de comprar algo, uma roupa, para um filho, algo que ele tenha necessidade emergencial. A gente imagina que R$ 77,00 não significa muito, mas significa muito para quem ganha R$ 77,00 por mês. Se você coloca no final do ano um valor desse ele vai duas vezes esse valor. Ou seja, vai como se fosse o mês de 15 dias na realidade realmente isso.
Luís Esteves: candidato, outra promessa de sua campanha é a contratação de 12 mil médicos em concurso público. Como o senhor vai fazer isso se nem o governo federal conseguiu e precisou trazer médicos de Cuba. O senhor vai trazer médicos de Cuba também?
Eunício Oliveira: não são 12 mil médicos e não pretendo trazer médicos de Cuba.
Luís Esteves: pelo menos foi o que a sua assessoria apresentou para gente. 12 mil médicos.
Eunício Oliveira: não, calma. Não são 12 mil médicos. São 12 mil profissionais da saúde. Se alguém lhe passou foi de forma equivocada. O programa está muito claro. E são 12 mil.
Luís Esteves: são quantos médicos?
Eunício Oliveira: eu não sei precisar quantos são. Eu, especificamente, por cada função, eu não sei especificar aqui agora. Não são 12 mil médicos, mas sim 12 mil profissionais da saúde para atender enfermeiro ou seja todas as funções que são necessárias para fazer funcionar esses equipamentos que foram construídos e que estão sendo construídos. A gente vai ter que construir dois hospitais. Eu vou construir, se for eleito, dois hospitais. Um na Região do Jaguaribe, outro na Região Metropolitana. Para atender as pessoas. Não adianta fazer só o prédio. Não adianta fazer só o hospital. Se você não colocar as pessoas para atender as pessoas. Está quase tudo terceirizado. Quase está tudo colocado de uma forma que não é adequada para o atendimento da saúde no estado.
Caroline Ribeiro: candidato, a gente vai agora ao Cariri. Nós temos uma pergunta do jornalista Paulo Ernesto Arraes.
Paulo Ernesto Arraes: Bom. Todo candidato faz promessa de combate a seca aqui no interior. Uma de suas promessas é aumentar em dez vezes a capacidade de perfuração de poços profundos. Em quanto tempo isso deve ser feito e porque o eleitor deve acreditar que agora tudo vai ser diferente?
Eunício Oliveira: não que o eleitor tenha que acreditar que tudo vai ser diferente. É que todas as propostas que estamos fazendo e levando à população são propostas possíveis de serem realizadas. Senão vejamos. A secretaria de recursos hídricos tem apenas cinco máquinas perfuratrizes. Perfuram uma média 300 poços profundos por ano. Há uma demanda de mais de 3 mil poços a serem perfurados no Ceará. Aí eu pergunto. É uma questão de prioridade. Será que não tem recursos para você comprar 100 máquinas, 100 máquinas, se você comprar 50 máquinas perfuratrizes, você consegue fazer esse objetivo o mais rápido possível. É preciso perfurar 3 mil poços e o meu compromisso é de perfurar 3 mil poços em apenas um ano. Como? Comprando mais máquinas perfuratrizes. Ao invés de se comprar máquinas perfuratrizes se for fazer aqui em um ano de seca um Acquario que pode ser uma obra importante mas não é uma prioridade. Porque em vez de comprar helicóptero bonitos, de fazer Acquario, que é desnecessário, porque não compraram um equipamento para perfuração de poços. Nós não temos nenhum açude sendo feito no Ceará e esta semana eu estava na cidade de Itapajé e ali durante dez anos se construiu um açude. O açude está pronto. Mas tem uma adutora que precisa ser feita para cidade para abastecer 20 mil famílias que custa R$ 300 mil e não foi feita. Eu cheguei na cidade de Santana do Cariri e lá uma adutora de R$ 753 mil abastece três mil famílias. O que acontece é que não tem prioridade nestas questões que são emergenciais.
Luís Esteves: vou aproveitar essa questão do Acquário, se o senhor for eleito governador, o senhor vai acabar com o Acquario?
Eunício Oliveira: não. Claro que não. Eu não serei irresponsável. De recursos de R$ 1 bilhão já foram gastos mais de R$ 600 milhões. Eu paralisar uma obra que é de dinheiro público. Eu não farei a segunda obra que está orçada em R$ 1 bilhão que é a tal chamada de “Teatro de Ópera”. Vou pegar esse dinheiro e colocar na segurança pública que é emergencial, vou colocar na saúde, que ela funcione, que é emergencial, vou fazer o programa de remédios nos hospitais, remédios nos postos de saúde e o Remédio em Casa.
Caroline Ribeiro: candidato, 38 segundos para suas considerações finais.
Eunício Oliveira: bom, minhas considerações finais, primeiro é agradecer, ao Sistema Verdes Mares e, segundo pedir humildemente o voto de todos os cearenses para que a gente possa viver um novo momento de prioridades no estado do Ceará. Para que a gente tenha condições de fazer um programa efetivo de combate à violência, um programa de convivência com a seca, e fazer com que a saúde pública do Ceará funcione e que a gente possa realmente cuidar das pessoas. E finalizando quero obviamente pedir o voto de cada cearense. Hoje é dia 15 e eu sou 15, candidato pelo PMDB com número 15.
Luís Esteves: muito obrigado candidato pela sua participação.
Eunício Oliveira: eu que agradeço.
Fonte: G1.ce.