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2014
CEARÁ – Eleições 2014 – Pesquisa DATAFOLHA na análise de Fábio Campos/ O POVO…
A diferença entre Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo Santana até que diminuiu, mas em ritmo muito lento. Devagar. Quase parando. Um fosso que era de dez pontos percentuais, agora é de sete. No limite da margem de erro, a diferença pode ser de apenas um ponto percentual. No limite oposto, pode ser de treze pontos a favor de Eunício.Portanto, na reta final, se envolver demais na disputa não é recomendável aos de coração fraco ou mole.
Camilo cresceu dentro da margem de erro. Eunício permaneceu intacto. Com 41 estava. Com 41 permaneceu.Para avançar três pontos, Camilo teve que buscar votos entre os eleitores de Eliane, Ailton e os que não sabem, não votam ou prometem anular.
No Datafolha, há mais boas notícias para o senador do PMDB do que para o candidato do PT-Pros. Além de manter sua coluna de votos irredutível, Eunício viu as suas intenções espontâneas subirem de 19 para 25%. Camilo saiu de 18 para 19%. Como costuma argumentar Ciro Gomes, a manifestação espontânea é o resultado real que importa.
Por falar em Ciro, desmoralizado ficou o seu prognóstico da virada em 10 dias. Fez a profecia no já longínquo 18 de agosto. Lá se foi mais de um mês. O que era uma fala para animar a tropa serve hoje para desanimar. Agora, Camilo tem pouco mais de dez dias para fazer a virada.
O pífio desempenho de Eliane e Aílton é outra notícia ruim para o petista. Se os dois somados alcançassem pelo menos dez ou 12 pontos percentuais, as chances para gerar o segundo turno até que seriam boas. Hoje, o somatório dos dois se arrasta e chega a apenas 4%. Desse jeito, com Eunício ou Camilo na frente, a coisa tende a se resolver no primeiro turno.
Eunício feito mandacaru na estiagem se mantém verde enquanto Tasso Jereissati, o candidato ao Senado, joga um balde de gelo com água sobre a cabeça de Mauro Filho: 58% a 19%. Uma diferença de 39 pontos percentuais. É como a Alemanha mandando sete a um sobre o Brasil, mas faltando somente dez minutos para acabar o jogo.
Mas, na disputa para o Governo, não há absolutamente nada definido. 12 dias de palanque eletrônico é uma eternidade. 12 dias de máquina política na rua são capazes de fazer estragos. Entendem bem aqueles que assistiram atentos e atônitos os últimos dias da campanha para prefeito de Fortaleza.
Por Fábio Campos/ O POVO.