2
2013
SOBRAL – Saúde: “Temos tudo e ás vezes não temos nada”. A saúde de Sobral na Tribuna da Câmara Municipal.
Não estou a procura de culpados, mas eles existem, e estão no meio de nós! A situação da saúde pública em Sobral merece uma reflexão profunda. Na cidade de Sobral o que não falta é equipamentos, temos sete(7) grandes unidades hospitalares, todas dentro do nosso município, a maioria atende SUS e particulares. Confira:
Hospital Regional Norte(HRN) – recém inaugurado, custou mais de 200 milhões de reais.
Santa Casa de Misericórdia de Sobral
Hospital Dr. Estevão
Hospital Unimed
Unidade Mista Dr. Tomaz Aragão
Hospital e Clinica Dr. Alves
Hospital do Coração.
Com tudo isso, não se concebe “morrer por negligência hospitalar”, ou seja, não ter uma unidade hospitalar capaz de internar e diagnosticar com precisão uma pessoa com suspeita de “dengue”. Não sei se foi essa a causa morte do jovem DAVI MARQUES, de 15 anos de idade, residente no bairro Terrenos Novos, em Sobral. Na noite desta segunda feira(1/07) a situação vivida pela família desse jovem foi a pauta da Tribuna do Vereador Gegê Romão do PRB. Veja detalhes na reportagem do blogueiro Wilson Gomes.
O vereador Gegê Romão (PRB), na sessão de segunda-feira, 1º. O vereador, que é da base aliada, do prefeito Veveu Arruda(PT), mostrou através de um discurso comovente e da exibição de um documentário(vídeo) o sofrimento e a peregrinação de uma mãe que percorreu os hospitais da cidade na tentativa de salvar o filho da morte, um adolescente de 15 anos de idade. Caso registrado no dia 4 de junho, após a criança chegar em casa vindo do colégio reclamando está com febre e com dor de cabeça.
O sofrimento começa na porta do maior hospital do Ceará, Hospital Regional Norte (HRN), que fica a poucos metros da casa da mãe desesperada, que não atendeu a criança, porque naquele dia não tinha nenhum médico de plantão.
Naquele dia o HRN tinha se transformado num ‘elefante branco’ e a mãe resolve voltar pra casa. No dia seguinte, a criança continua bastante doente e de volta ao HRN, mas uma vez não encontra médico de plantão, o que acaba revoltando ainda mais a mãe desesperada.
No terceiro dia, numa sexta-feira, pela manhã, a mãe resolve levar Davi Marques ao Centro de Saúde do bairro Terrenos Novos, e lá foi atendida pelo médico – doutor Silvestre, que encaminhou o paciente para o Hemocentro sem revelar o tipo da doença e que deveria fazer isto somente, na segunda-feira, alegando que as plaquetas estaria muito baixa.
A cada hora que se passava aumentava o sofrimento da criança e da mãe, que queria ver o filho internado e não encontrava hospital na cidade. Naquele mesmo dia no final da tarde, a mãe volta com a criança ao HRN, e lá colocaram uma pulseira no seu braço e pediu para aguardar atendimento. Somente por volta das 23h, sem sofrer qualquer tipo de atendimento, a mãe volta pra casa.
Domingo, dia 9, por volta 15h, a criança apresenta uma hemorragia e foi levada às pressas para um hospital particular e lá após ser atendido, os médicos orientaram que a criança precisava de atendimento de urgência no HRN, e lá, mais uma vez foi negado. De lá, na garupa de motocicleta, a mãe levou Davi Marques para a Unidade Mista do bairro Sinhá Saboia, que também não teve como oferecer atendimento à criança devido a estrutura hospitalar incapaz de prestar socorro, na situação em que se encontrava a criança.