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2012
Governo do Ceará tem dificuldade de sanar índice de condutores não habilitados.
Dos 132 mil inscritos no programa CNH Popular, desde 2009, cerca de 82 mil (62,2%) não conseguem se habilitar.
Conduzir motocicletas em ruas e rodovias do Estado sem habilitação é prática cada vez mais comum nos municípios cearenses. Prova disso são os dados do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran), que apontam que a frota de motocicletas no Interior é de aproximadamente 650 mil, enquanto a dos portadores da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A (para guiar motos) é de cerca de 450 mil. Significa dizer que cerca de 200 mil pessoas conduzem motocicletas de forma indiscriminada, sem ter passado por aulas de legislação de trânsito.
Com intuito de regularizar esse público, que insiste em circular de forma irregular, aumentando os índices de acidentes e, pior, pondo em risco a sua vida e a de terceiros, o Governo do Estado, através do Detran, aderiu, em 2009, ao Programa CNH Popular, que fornece carteira de habilitação grátis para população baixa renda. Três anos após a implantação da iniciativa, observa-se que o governo tem dificuldade de atingir a sua meta: sanar o índice de condutores de motocicletas não habilitados.
Reprovação
Dos 132 mil inscritos na CNH Popular desde que o programa chegou a Fortaleza, 50 mil foram habilitados (37,8%) na categoria A. Por uma série de motivos, grande parte fica no meio do caminho. O índice de reprovação é alto, chega a 62,2%. Enquanto os que entram no processo pelo trâmite normal, pagando, varia de 35% a 40%.
Punição
Semanalmente, 150 pessoas são flagradas pelo Detran nas rodovias estaduais por conduzir motos sem habilitação. A infração é considerada gravíssima e implica em apreensão da moto e multa de R$ 191,00, que multiplicada por três totaliza R$ 573,00.
Fonte: DN.