out
21
2019

BRASIL – OPINIÃO| O levante do PSL: Políticos do partido acharam melhor devorar antes os filhos de Bolsonaro.

Foi uma semana difícil, em que o bolsonarismo não sabia se radicalizava ou desmoronava e acabou fazendo bastante dos dois.

No fim de semana passado, os bolsonaristas organizaram uma conferência conservadora em que  o ministro da Educação, Abraham Weintraub comparou FHC à Aids, e Damares comparou a esquerda ao demônio

No começo da semana, blogueiros governistas foram para as redes sociais pedir um novo AI-5, tentando capitalizar uma eventual onda de indignação contra o STF.

O problema na última semana foi que os políticos do PSL perceberam que a revolução é como Saturno, que devora seus próprios filhos, e acharam melhor devorar os filhos de Bolsonaro antes.

Foi uma surra. O presidente foi gravado tentando fazer de Eduardo o líder do PSL na Câmara no lugar do deputado Delegado Waldir. Perdeu. As chances de Eduardo se tornar embaixador tornaram-se muito remotas.

O PSL vai retaliar Flávio e Eduardo em seus estados. O deputado Júnior Bozzella (PSL-SP) declarou à Folha que “nós agora temos uma missão: salvar o Brasil dos filhos do presidente”.

O problema é que os filhos de Bolsonaro não são só três fraquejadas épicas, são a máquina política do pai. Os filhos são os aliados que são completamente dependentes de Bolsonaro, os aliados com quem ele acha que pode contar.

Os esquemas atribuídos a Flávio Bolsonaro, se existirem, não são de Flávio, são de Jair: ou não haveria um cheque do Queiroz na conta da primeira-dama. Os tuítes de Carlos podem parar a qualquer momento se Bolsonaro mudar sua senha, mas o presidente quer alguém brigando com generais e perseguindo jornalistas no lugar dele. Da mesma forma, o radicalismo de Eduardo é encomendado pelo pai, que também quer um movimento de extrema direita forte.

É crise para meses. Bolsonaro pode fundar um novo partido e/ou recorrer ao Judiciário para que seu grupo no PSL possa sair levando seus mandatos. Todo mundo ali sabe o que o outro fez no verão passado.

Muita coisa pode resultar disso tudo: crise, golpe, estagnação, um clima crescente de esculhambação geral.

O que vai dar trabalho para tirar disso tudo é um governo funcional. Dessa vez vai ter “pacto pelo Brasil”, como o que Maia, Alcolumbre e Toffoli costuraram na crise institucional passada?

Celso Rocha de Barros

Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra

Fonte: Folha de São Paulo.

About the Author: Bené Fernandes

Radialista com mais de 25 anos de militância em Sobral(CE), e agora Jornalista Profissional, sob o Registro- 01657 MTb - datado de 23/12/2004. Trabalho atualmente na Rádio Paraíso FM-101,1 Mhz, onde apresento o Programa HORA DA NOTÍCIA - no horário de 11hs ás 13 horas. Nas tardes da Paraíso FM levo alegria de descontração no Programa FORRONEJO de 15hs ás 17 horas. Se ligue com a gente e venha curtir o melhor da informação e do entretenimento musical.

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